15 de outubro de 2007

Hemingway, medos e desejos

Bem, cá estou mais uma vez... Ainda fugindo de mim mesma, ainda com saudades de Portugal, ainda meio confusa sobre qual rumo deve tomar minha vida... Mas, cá estou...

Andei por aí num curso de formação de jornalistas em situações de conflito... Tem 2 estudantes do Mack, 11 da ECA, mais uns 3 da PUC, e uns outros... Um dos temas da última reunião foi a questão do semi-correspondente de guerra, aquele que vai até o local, pra ficar cobrindo a situação da varanda do hotel... Chamo ao "palco" meu querido Ernest Hemingway, que pode esclarecer melhor a situação.

http://www.igutenberg.org/ernest.html

Sim, meus caros!! Jornalismo de quatro paredes não é a melhor coisa do mundo! Tem-se que sair na rua, pisar cocô de cachorro de vez em quando, sentir o odor fétido que emana das latas de lixo, mas sem esquecer jamais o perfume que vem das plantações de uvas da rota dos vinhos no Sul da França! Tem-se que olhar em volta e ver gente, ao invés de máquinas! Não somos máquinas, embora seja isto o que muitos chefes de redação por aí queiram. Nós somos feitos de carne e osso, e sangue e sentimentos, embora sejamos rechaçados por colegas de profissão, quando AINDA somos capazes de ficar chocados com certas cenas da triste e dura realidade.

Em tempo: será que eu fui a única que estremeceu quando viu o cadáver de um travesti, em plena rua Rego Freitas (acho que era essa, se não era uma que fica muito perto dela)?
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