28 de fevereiro de 2009

Do ócio (ou o que fazer quando não se tem o que fazer)

Estou há quase dois meses desempregada. Dois meses em casa passando as tardes na frente do computador, lendo notícias sobre videogame, jogando joguinhos em flash, conversando no msn e, de vez em quando, mandando alguns currículos. (Sim, de vez em quando.)

O trabalho de graduação tem tomado bastante do meu tempo ultimamente. Se antes eu implorava por algum tempo para pensar nisso, agora tenho tempo de sobra, e isto definitivamente não está me fazendo bem...

Conheci recentemente uma banda conimbricense, os Isabelle Chase Otelo Saraiva de Carvalho, e comecei a conversar com o vocalista, DJ Couve, um gajo bem divertido para passar o tempo. Entre uma e outra "tuitada", acabei passando tempo demais no blogue dos caras. Tempo suficiente pra ler quase todos os posts, desde 2005, procurando algo bom para preencher minhas tardes ociosas.

Lá encontrei muitas alusões ao número 27, e vários indícios da paranóia dos integrantes com o referido número. Número que chegou ao extremo, inclusive, de ser o nome do mais recente álbum do grupo (que já tem 10 lançamentos, todos à diposição para baixar no próprio site). Refletindo sobre isso, fiquei paranóica também (o dia do meu aniversário é 27). Ontem cheguei à máxima loucura, ao baixar um dos CDs dos caras, de perceber que era dia 27, eram 23h27 e faltavam 27 minutos para terminar o "daunelode".

...

É, preciso arranjar logo um emprego.

18 de fevereiro de 2009

Mensagem Anti-Pessoas

Hoje vou reproduzir um texto de outro blogue. Sei que isso não é usual, porém gostei do texto. O local original dele é o blogue português Margem d'Arte. Enjoy it!

Um dizia estar farto de semi-deuses
Outro haver metafísica bastante em não pensar em nada
Outro ainda dizia não chorar por nada que a vida traga ou leve
E um outro que ignorar que vivemos cumpre bastante a vida
Ao que outro dizia ser a hora!

Eu afirmo não confiar em nenhum deles.

(Até prova em contrário)


Mário Lisboa Duarte

17 de fevereiro de 2009

What'ha f*ck?

Ouça: Nando Reis - Não vou me adaptar

Grande vida leva esta que aqui escreve. Pra além de todas as angústias, dúvidas e outras questões secundárias que não se devem postar num blogue, há também os grandes feitos desta pobre menina (eu) que um dia quis se aventurar pelo mundo, mas se esqueceu que a viagem teria um prazo de validade: 31 de julho de 2007.

Os sonhos de morar sozinha, constituir família, terminar a faculdade e ter um bom emprego, ter filhos e um cachorro no quintal agora são pó. As viagens muitas vezes prospectadas ( e até mesmo algumas que se cumpriram ) não passam hoje de fotografias guardadas em um DVD no fundo da gaveta.

Cadê aquilo que faz mover um espírito curioso? Pra onde foi toda a disposição de arrumar problemas para ver o circo pegar fogo? Cadê a minha juventude que está indo embora sem que eu possa fazer nada?

Esta que escreve aqui está muito desiludida hoje. Acho que ela prefere passar o carnaval em alguma ilha deserta. Não há muito o que levar: algumas roupas, comida suficiente pra uma pessoa, protetor solar, a rede e o violão. O celular ficará desligado, o computador nem mesmo sairá do quarto, e a única coisa que ela pede é que de vez em quando alguém passe por lá de barco, só pra ver se ela não precisa de alguém que a satisfaça.

Fora isto, hora de terminar este texto, que já está de bom tamanho toda a desilusão da vida por si própria.

16 de fevereiro de 2009

Mais?

Começa mais uma segunda feira na terra dos três sóis. Poderia ser qualquer outra segunda, com quaisquer outros problemas a resolver, mas o fato é que dentro de uma semana as pessoas estarão pulando carnaval e por três dias esquecerão de suas obrigações, suas angústias e medos, simplesmente colocando uma máscara e jogando papel picado para o alto.

Let's go to another magic trip!

O problema é que na próxima quarta feira o pierrot terá perdido para sempre sua colombina, e as fantasias terão de ser guardadas até que mais uma destas segundas feiras estranhas apareça...

Para ler ouvindo: Ed Motta - Colombina

11 de fevereiro de 2009

Aqui e lá


De repente ela se viu perdida em pensamentos... Não simples pensamentos, como "acho que vai chover" ou "tenho que lembrar de passar no banco". Pensamentos sérios, sobre quais rumos gostaria que sua vida tomasse, ou como era bonito o sorriso do outro. (Sim, o outro. Aquele primeiro das outras histórias já está ficando pra escanteio há cerca de um mês...) Foi num desses pensamentos felizes, de lembranças de tempos recentes, que ela se viu perdida de verdade.

Além do outro, havia um terceiro que é (além de outras coisas) estrangeiro. Vive na Europa, com todo o conforto que o frio desta época do ano proporciona. Os dois conversam bastante, e sempre em algum momento surgem as frases "queria estar aí..." ou "quando vieres pra cá..." Por enquanto é tudo muito novo, mas ela acha que já está ficando perigosa esta relação à (grande) distância. Tudo é perigoso quando não se tem consciência do que se faz.

Tentou substituir os devaneios relacionados ao terceiro. Tentou pensar em ligar pra o outro, tentou imaginar o que estaria fazendo naquele momento. Tentou, e conseguiu. O problema foi quando o mp3 começou a tocar uma música que a fez pensar no terceiro novamente. Logo em seguida, a próxima música a trouxe de volta ao Brasil. E assim foi, por todo o trajeto entre a faculdade e sua casa. Duas faces dividiam o mesmo espaço em seus pensamentos.

Dois lados totalmente opostos, porém com um ponto comum: duas pessoas que a querem bem. Não o simples querer do fato de gostar de alguém. É também o querer do desejo, o querer que desperta alguém para outras emoções, igualmente fortes.

Ela não quer admitir, mas depois da descoberta desta tarde é inevitável, e não pode continuar a ser ignorado: ela adora um rolo complicado. Daqueles que têm filhos no meio, namorada traída ou dois disputando o mesmo pedaço de seu coração. Ela se sente viva com estes problemas por resolver, com a dúvida e a certeza sempre trocando seus lugares.

Entre a aventura duvidosa e a estabilidade quase certa ela ainda não conseguiu decidir. Sabe apenas que não poderá mais ouvir Paralamas do Sucesso enquanto não resolver de quem ela quer gostar de verdade.

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