19 de novembro de 2011

Quem muito se abaixa...

Escrevo isso no calor do momento. Admito que as palavras podem soar um pouco como as da raposa que desdenha as uvas que não pode alcançar. Talvez sim. Ou talvez eu tenha mesmo razão.

Desde pequena eu vou a festivais. Não tenho direito nenhum de me declarar expert em eventos desse tipo, até porque não é algo que se possa atestar. Mas posso dizer que, do SOS da Vida à Queima das Fitas, já presenciei muitas boas apresentações e outras tantas que... bem, deixa pra lá.

Quem tem uma banda de qualquer coisa sabe o quanto é difícil conseguir seus quinze minutos de fama, seja na praça do bairro ou num dos milhares desses festivais de todos os tamanhos, cores, crenças e regiões.

Alguns dias antes do anúncio do primeiro Lollapalooza brasileiro o bolso grita. Boatos, rumores, murmúrios e "fontes confiáveis" atestam que a brincadeira pode girar em torno de trezentos reais por dia de espetáculo. Um espetáculo que incluiria nomes como Foo Fighters, Arctic Monkeys e Jane's Addiction (os donos da bola, aliás) ao lado dos tupiniquins Marcelo Nova, Plebe Rude e Velhas Virgens, entre muitos outros que pisariam o palco em um fim de semana do próximo (já?) Abril.

Não estou reclamando apenas do preço. O Planeta Terra, que aconteceu no começo deste mês, trouxe pouco mais de uma dúzia de apresentações em apenas um dia de show e ficou na mesma faixa salgada, aquela que nos faz pensar na real utilidade de dois rins em nosso corpo...

Todos sabem que não é fácil organizar eventos desse porte. Requer (muito) dinheiro, disponibilidade, interesse de vários grupos e, principalmente, uma programação que agrade ao público - o principal motivo disso tudo acontecer. Ainda estudo o boicote a esse grande festival, não por simples birra, mas porque afinal todos temos contas mais urgentes a pagar, certo?

A Chácara do Jockey Club pode até ser um espaço grande, mas a estrutura deixa a desejar; desde o transporte público até alimentação, banheiros, etc. E tem também o fator LAMA, que deixa marcas indeléveis na lembrança de quem já foi a algum evento no referido local.

Deixo, enfim, a mensagem de alguém que também não ficou nada contente com o caminho que a coisa toda está tomando:
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