Ouça: Nando Reis - Não vou me adaptar
Os sonhos de morar sozinha, constituir família, terminar a faculdade e ter um bom emprego, ter filhos e um cachorro no quintal agora são pó. As viagens muitas vezes prospectadas ( e até mesmo algumas que se cumpriram ) não passam hoje de fotografias guardadas em um DVD no fundo da gaveta.
Cadê aquilo que faz mover um espírito curioso? Pra onde foi toda a disposição de arrumar problemas para ver o circo pegar fogo? Cadê a minha juventude que está indo embora sem que eu possa fazer nada?
Esta que escreve aqui está muito desiludida hoje. Acho que ela prefere passar o carnaval em alguma ilha deserta. Não há muito o que levar: algumas roupas, comida suficiente pra uma pessoa, protetor solar, a rede e o violão. O celular ficará desligado, o computador nem mesmo sairá do quarto, e a única coisa que ela pede é que de vez em quando alguém passe por lá de barco, só pra ver se ela não precisa de alguém que a satisfaça.
Fora isto, hora de terminar este texto, que já está de bom tamanho toda a desilusão da vida por si própria.
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