8 de novembro de 2009

Da nobre arte de aproveitar o momento

O fim de semana já era uma crônica de morte anunciada há tempos. Morte, neste caso, de alegria. Disse ontem e repito: se eu morresse hoje morreria feliz. Por uma infinidade de motivos e acontecimentos que só ocorrem assim, cadenciados, quando Deus (ou o Universo, ou aquela "força superior", ou o que quiser chamar) mexe os pauzinhos dEle e parece que diz: "Vai lá, minha filha, você não merece mas Eu quero te dar esse presente".

Show do Bresser na sexta feira no Largo de Santa Cecília. Contratempos à parte (e não foram poucos), foi uma grande apresentação. Os meninos têm raça, e capacidade de fazer boa música mesmo em condições adversas. Sem amplificadores decentes, sem backing vocal, sem vergonha e sem medo, mostraram que conseguem agitar e conquistar o público com um repertório de 90% de músicas próprias. Como diz o Mariel, baterista, existe uma diferença enorme entre viver para a música e viver de música.

Sábado de sol, promessa de um festival "aos modos europeus" perto do Jockey Clube. Nem os atrasos, nem os desencontros, nem a péssima organização que antecipou todos os shows, nada disso estragou. Nem a chuva que chegou minutos antes que o Faith No More subisse ao palco atrapalhou. Pelo contrário, foi lindo ver Mike Patton fazendo sua entrada de guarda chuva e o já clássico terno vinho.

Gritei, pulei, me molhei, viajei. Perfeito.

Depois do show nada melhor do que matar a fome numa das únicas lanchonetes 24h do Centro: Estadão. Histórias, mais cerveja (Cerpa, cerveja de responsa) e o tradicional sanduíche de pernil (gigante) que faz a casa ser tão famosa mesmo sem investir um centavo em propaganda.

Fechar um bar no Largo do Arouche nunca foi algo que passasse com facilidade na minha cabeça. Fechar DOIS bares na mesma noite, então? Impossível. (Destaque pra quantidade absurda de casais gays. Me senti quase deslocada sendo hetero e "invadindo" o espaço deles.)

Amanhecer na estação da Luz e conhecer o mano Anderson foi a cereja que faltava em cima do bolo. Fotos? Quase nenhuma. Mas a memória sabe bem o que guardar.
Powered By Blogger