25 de novembro de 2010

The sounds of silence

Este é o quinto dia em que tento escrever alguma coisa pra que alguém - ou ninguém, como sempre - leia. Quero contar dos shows maravilhosos que vi, das besteirinhas tão símplices que soube que fizeram alguém feliz lá longe, de tudo o que me vem passando pela cabeça nesses cinco dias em que a rotina fez questão de se impor, quase como que avisando: "pode pisar nas nuvens pelo tempo que for, porque de mim você não foge!"

"De hoje não passa", pensei. Queria escrever um texto genial, falando de como burlei a segurança e entrei no festival com um perigosíssimo pacote de salgadinho de soja escondido. Ou de como passei o sábado todo à base de uma batata assada e meia, algumas cervejas e um punhado de biscoitos tipo "sembei" com gergelim. Queria dizer que nunca na vida tive tanto medo de um barco viking, eu que achei que já estivesse grandinha demais pra isso.

Achei que fosse essencial falar da companhia, já que amigos tanto próximos quanto distantes estavam lá. Imaginei como seria legal se a Tânia, por exemplo, lesse isso aqui e lembrasse que, sem querer, ela passou do meu lado no show dos Novos Paulistas. Pra que marcar encontros quando o Acaso já se preocupa com isso? E quando o acaso não basta, nada que uma foto não possa trazer os amigos que estão lá nas terras do Norte pra assistir aos shows conosco:


Pensei tambem em contar do friozinho na barriga que senti quando ouvi os primeiros agudos do Mika dominando aquele palco imenso. Do quanto eu pulei ao som de músicas que ouço há quase quatro anos. Do quanto eu lembrei de coisas que já não existem mais, enquanto ele pedia "A little bit of love, little bit of love..." Fui forte, as lágrimas - de saudade, tristeza ou arrependimento - não vieram. Também não poderiam, era dia de festa.

Festa da Dani, um dos presentes que Deus colocou na minha vida e falou "Toma conta que essa aqui é peça rara". Pra que gastar dinheiro com algum presente qualquer quando se pode ver os olhos da sua amiga brilhando, porque ela está a poucos metros do cara que embalou muitos momentos da vida dela? Não tem dinheiro que pague isso, nem escassez de ingressos que te impeça de importar um diretamente de Campinas ;)

Não podia omitir o fato de ter conhecido o Wagner e de ter aproveitado o show do Pavement em ótima companhia. Eu prometi que não ia atrapalhar, que ia ficar bem quietinha, e acho que cumpri direitinho =) Isso porque também não posso esquecer a cereja do bolo, ter sido praticamente expulsa do Playcenter com um "Vai pra casa, são-paulino" que eu tenho certeza que foi pra ele. No meu time, não!

Escreveria sobre a organização muito boa, sobre a cerveja aguada, quente e cara, sobre todas as forças que se foram enquanto eu pulava, gritava e me amassava no meio de tanta gente. Eu faria disso uma tentativa de esgotar todas as lembranças em palavras, para que esse loop eterno finalmente saísse da minha cabeça. É realmente constrangedor ser flagrada por um aluno enquanto você canta baixinho "Fun for an hour till the hour's gone | Can one trick night feed fourty days?"

11 de novembro de 2010

The temper trap

Exatamente um ano atrás alguém me falou a respeito de uma nova banda, australiana, da qual tinha ouvido uma música no filme "500 dias com ela". 2009 foi um ano um pouco cheio de descobertas demais, então resolvi ignorar na época. Encontrei um link pro CD de estréia da tal banda repassando alguns feeds no Google Reader (sim, por algum motivo eu mantenho assinaturas, embora raramente tenha tempo para ler tudo). De "vamos ouvir" passei pra "uia, é a música do Chuck?" e hoje em dia esse álbum já tem cadeira cativa no meu mp3 player.

Segue a dita-cuja. Sweet Disposition:


Se rolar um show deles em São Paulo ainda este ano como estão aventando por aí serei falida e meia, porém feliz. Prontofalei.
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