A cadeira foi feita para trabalhar textos literários, matérias mais aprofundadas e de certa forma mais opinativas. Curiosamente foi justo ao escrever um texto para esta cadeira que percebi que ainda não sou capaz de me distanciar do assunto a ser tratado. O tema geral é “Religiões”, e escolhi não escrever sobre a minha própria religião. Para não ter problemas, escolhi um assunto que julguei ser neutro, mas me enganei absurdamente.
Em cada parágrafo que tive de reescrever percebi como em certas áreas os pré-conceitos são tão presentes que não se pode simplesmente deixar que os dedos deslizem pelo teclado do computador sem a devida (e prolongada) reflexão.
Desde a discussão das pautas e dos depoimentos de alguns colegas de classe tenho entendido que ainda preciso trabalhar este aspecto se quero ser uma profissional correta. Preciso exercitar mais o respeito por outras crenças, não deixando a minha de lado. E aprender que, para o outro, é aquela a realidade em que estão baseados sua vida e atitudes. Por mais inacreditável que seja, ou por mais difícil que possa parecer ouvir, analisar e escrever.
* Sarah Kelly é estudante de Jornalismo e hoje entregou esta "confissão" a seu professor, pra tentar justificar a qualidade de sua matéria sobre arquitetura de igrejas, que não ficou de todo ruim mas está longe de ser considerada boa.
Acho tão importante quanto o esforço da semiótica da religião na arquitetura a consciência do jornalista do seu próprio filtro cultural no estudo do objeto. Você foi bem demais na confissão, deve ter ganhando no mínimo um bom crédito com o professor, =D
ResponderExcluirPor acaso fui ver a nota do trabalho... 8 de 10... Acho que ele entendeu meu ponto :)
ResponderExcluir