4 de outubro de 2009

Pois acabou, não vou rimar coisa nenhuma, agora vai como sair.

Domingos à noite são péssimos momentos pra experimentar tédio, solidão ou carência. Quando todos vêm juntos é o fim do mundo. Ladies and gentlemen, welcome to my personal apocalipse!

Quero escrever tudo o que está na minha cabeça mas estou sem palavras, seja em qual idioma vierem. Geralmente eu uso inglês pra isso, parece que a dor flui mais fácil na língua da Rainha, mas afinal de contas eu sou apenas uma princesa que luta por algum espaço neste mundo que não acredita mais em contos de fadas. Ou poderia usar castellano, a língua sexy e proibida, com todas as palavras lascivas que uma pessoa carente deseja tornar realidade.

Tudo o que eu queria dizer já foi dito, e não me sinto muito à vontade pra simplesmente copiar e colar tudo aquilo.

And I can't be holding on to what you got
When all you got is hurt.

Dói, ninguém nunca disse que seria fácil, mas tá sendo mais difícil do que eu gostaria. E quem me conhece sabe que eu não ligo pra dor. A dor interna, óbvio. De dores físicas já me bastam aquelas que infelizmente não posso evitar. Dói, mas passa. Dói, mas dói de um jeito bom. Me faz sentir viva, respirando. Faz pensar em cada gesto e planejar cada passo. Faz perder a direção, o sentido e a noção das coisas. Faz acelerar o coração e o sangue fluir por todo o corpo. Dá vertigem, calafrio. Dá febre.

Queria também testar alguns limites. Chegar ao topo, ou ir a fundo. Andar em brasas, pisar em ovos, fazer loucuras e ter algo para esconder dos meus filhos e confessar aos meus netos. "Eu quero mais uma dose desse veneno", seja ele qual for.

Don't cover up the road to love
With words that can't express
The truth implies you're high and dry
And you're a long way from happiness

É isso, eu acho.

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