17 de junho de 2010

Escudo ou espada?

Um fantasma uma vez me ensinou que a arma mais eficaz para vencer uma discussão com alguém era a verdade. Dizer a verdade certeira na hora mais inconveniente seria, segundo ele, o melhor ataque. Pegar a pessoa desprevenida com algum fato que ela não poderia refutar. Ou até poderia, mas não sem perder muito tempo pensando em alguma resposta que de algum modo distorcesse a realidade. Estamos tão acostumados a mentir uns para os outros que a verdade foi convertida em arma. Parabéns, mundo cruel.

Durante algum tempo guardei este "conselho" comigo, mas não fui capaz de usá-lo. Em duas ocasiões, contra duas pessoas diferentes, achei que simplesmente não valia a pena. Não que eu tenha mentido para elas. Disse toda a verdade. Mas Aquela verdade, a Matadora, que me ensinaram a despejar como um caldeirão de óleo quente na cabeça do outro, essa não consegui dizer.

De fato, a verdade dói. Machuca o confronto com nossos defeitos, nossos erros todos. Machuca mais ainda quando isso vem da boca de outra pessoa que - não raro - levamos em alta consideração. Por ter estado do outro lado, ou por simplesmente ter o coração de manteiga, não tive coragem de jogar na cara alheia tudo aquilo que pensei. Tudo aquilo que todo mundo sabe que é verdade.

Errei? Talvez. Prefiro pensar que não. Afinal, existem tantas "verdades" convivendo por aí hoje em dia, né?

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